Em Nápoles sê... Napolitano

Pensei muito antes de publicar este post; primeiro porque não tinha certeza se tinha “material" suficiente para o fazer e, por último, porque não fiquei encantada com a cidade!

Assim que chegámos e saímos da estação fomos confrontados com uma decadência que eu não esperava e, por esse motivo, foi impactante. Esperava apenas que fosse suja e "feia" devido ao feedback que tinha lido noutros blogues. E, de facto, é!

Dou ainda um aviso de algo que é capaz de tirar um português do sério: as passadeiras em Itália existem apenas para "inglês ver". Quando estamos a atravessar, os carros (e as motas, que são mais de muitas) não páram e... imagine-se... até apitam por estarmos a passar a estrada.. na PASSADEIRA!! Para além disso, posso ainda adiantar que lá não há medo de usar a buzina! Apitar por tudo e por nada, quer estejam outros carros ou não, deve fazer parte do código da estrada italiano!

Contudo, a localização é privilegiada! Fizemos o trajeto de Roma a Nápoles de comboio, numa viagem relativamente rápida. Ficámos lá instalados duas noites, na zona da estação, e posso dizer que facilmente chegámos aos nossos locais de interesse, como o Vesúvio, Pompeia e Capri. Para quem viajar até lá, fica com a informação de que os bilhetes de comboio para estes pequenos trajetos são cerca de 2€ (também existem bilhetes de 3,5€ que podem ser utilizados durante 170 minutos) e os bilhetes de metro são mais baratos que em Lisboa, rondando o 1,1€.

Devido ao tempo limitado, acabámos por dar apenas uma voltinha nas proximidades da estação. Posso dizer que tem tanto de feio, como de belo! É uma contradição, eu sei, mas foi mesmo assim que eu vi esta cidade! As ruas eram estreitas, caóticas, com muito comércio e com frequência deparávamo-nos com lindas igrejas e/ou edifícios donos daquela beleza italiana que é tão característica. Uma das fotografias que publico em seguida, apresenta metade de um edifício totalmente arranjado e a outra metade de um edifício que nem sequer tinha pintura. É assim Nápoles... uma contradição, uma dualidade de sentimentos e de opiniões.






Um ponto muito positivo que não posso deixar de referir é a quantidade e qualidade das vitrines com produtos expostos (salgados ou doces) com um aspeto delicioso.




Quanto à alimentação, não há muito a dizer: ir a Nápoles e não comer pizza (que são enormes) é como ir a Roma e não ver o Papa! Mesmo para quem não aprecia pizzas (por não gostar de queijo), como eu! A massa era mesmo boa e eram confecionadas com ingredientes bons e frescos. Destaco a mozzarella de búfalo que constava nos cardápios e que, segundo os entendidos, é das melhores. Os restaurantes que experimentámos foram a Trattoria Pizzeria Ieri, Oggi, Domani e a Pizzeria Pellone, sendo que o primeiro nos foi indicado pelo "senhorio" da casa que alugámos.





Por fim, quando avançámos para o porto de Nápoles, onde apanhámos o barco para Capri, deparámo-nos com uma riqueza arquitetónica muito superior àquela que tínhamos visitado. E foi aí que pensámos que realmente o principal de Nápoles ficou por descobrir.

dig

Contudo, arrisco-me a abrir a discussão sobre o que será mais importante, mais engraçado e mais genuíno: visitar as zonas turísticas, ou passearmos por ruas menos conhecidas, mas cheias de alma e de vida local?

Comentários

  1. A primeira cidade de Itália que conheci foi realmente Nápoles, tlv fosse com as respectivas em baixo pois sempre ouvi dizer que a cidade era suja e caótico e realmente é, depois de passear por la descobri uma cidade interessante e cheia de alma. A seu jeito Nápoles encantou me

    ResponderEliminar
  2. Olá! É verdade! Aquele impacto inicial não é muito positivo, mas fiquei com pena de não ter estado mais tempo e ter oportunidade de descobrir melhor a cidade.

    ResponderEliminar
  3. […] como referi na publicação de Nápoles, quem pernoita por lá ou visita a cidade está em ótima posição para dar um saltinho ao Monte […]

    ResponderEliminar

Enviar um comentário